StoryGirl

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Desenvolvimento do pensamento computacional através de histórias

Atualmente, vivemos em um ambiente de alta disponibilidade de dados. Se, por um lado, o acesso ao dado é muito positivo, por outro é necessário saber como extrair desse conjunto de dados as informações de interesse. Essa é uma tarefa pouco trivial, embora não faltem iniciativas de visualização de dados. Apesar disso, poucos dominam a técnica de analisar o dado e gerar informações de interesse, além de gerar grande quantidade de gráficos e tabulações que apenas poluem e dificultam a análise e reflexão sobre os dados. Outra faceta significativa diz respeito à adesão de meninas nas áreas de exatas. Estima-se que este trata-se de um problema cultural que precisa ser trabalhado na educação básica e ensino médio de nosso país. A baixa participação feminina nessas áreas leva a pelo menos três potenciais problemas: (a) meninas precisam enfrentar e ganhar espaço em um ambiente formado exclusivamente por homens; (b) perda da perspectiva feminina e todas suas capacidades particulares no desenvolvimento de soluções tecnológicas; e (c) meninas perdendo a oportunidade de se engajarem em uma área promissora e que oferece chances de se tornarem fluentes e ganharem habilidades na linguagem computacional, tão necessária para os cidadãos do século XXI. A predominância masculina nas áreas de engenharia, tecnologia e inovação rompe os muros da graduação e chegam ao mercado de trabalho e pós-graduação onde observa-se dentre outros fenômenos a discrepância salarial, restrição de espaço para inovação da mulher na tecnologia, abertura de vagas específicas para um gênero. Este projeto enfoca a produção de material educacional e organização de oficinas para promover a literacia de dados em escolas públicas ou privadas para meninas da educação básica a partir do 6° ano ou ensino médio. A abordagem deverá ser baseada em métodos de Jornalismo de Dados, incentivando a busca, análise, manipulação e visualização de dados em um processo similar ao de criação de histórias baseadas em dados (uso do storytelling). Entende-se que estas ações podem promover o desenvolvimento do raciocínio lógico e pensamento computacional ainda na fase primária de educação das meninas, estimulando este gênero no interesse às áreas exatas. Além disso espera-se contribuir para a transformação cultural das meninas, estimulando nelas o interesse na área de exatas e fomentando a entrada de meninas nos cursos de graduação em áreas afins. O projeto articula ações de pesquisa, onde serão estudadas as melhores formas de estruturar e ensinar através de histórias, conteúdos lógicos de forma colaborativa. Através do uso e adaptação de técnicas de visualização existentes, esperamos chegar a soluções com explicações intuitivas e que aumentem a compreensão das meninas sobre os dados em geral, sendo estes lógicos ou histórias. Durante o desenvolvimento do projeto serão conduzidas oficinas de ciências e debates sobre o papel das mulheres na ciência. Serão produzidos meios de disseminação do pensamento lógico, introduzindo soluções programáveis e apresentando técnicas de programação em linguagens de fácil entendimento para crianças como blocos (scratch). Diante deste cenário, este projeto de extensão visa estimular meninas e jovens no desenvolvimento de suas habilidades lógicas, computacionais e pensamento crítico sobre um dado conjunto de informações. Espera-se trabalhar com narrativas e consequentemente histórias que reflitam as experiências dessas meninas no âmbito social ou escolar. Essas narrativas deverão ser geridas por uma ferramenta de suporte ao group storytelling e também por cenários ou jogos que retratem estas histórias, construídas no scratch..
Situação: Em andamento; Natureza: Extensão.
Alunos envolvidos: Graduação: (3) .
Participantes : Angélica Fonseca da Silva Dias – Integrante / Juliana França – Coordenador / Adriana Vivacqua – Integrante.

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